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A quem interessa o teatro para crianças?

A quem interessa o teatro para crianças? 

O teatro para crianças não deve ser visto apenas como um espaço recreativo.

A infância é política. O teatro que reconhece isso, diverte e cativa o público infantil, mas também conscientiza.

É político quando um espetáculo olha para a infância como possibilidade, e não como público “menor”.

O teatro consegue, desde cedo, pulsar a ideia de um futuro mais consciente. É possível pensar um teatro infantil que não conversa apenas com as crianças, mas também com os adultos. Divertido, mas também provocador.

A quem interessa um teatro que ensina crianças a pensar, questionar e sentir? A nós. 

É nessa linha que seguem dois espetáculos que assistimos no Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco: Mundo em Busca do Coração da Terra, da Tropa do Balacobaco (Arcoverde), e Tatu-do-bem, da Catalumari e os Giguiotes (Recife).

“A linha de pesquisa da Tropa é traçada a partir da valorização e manutenção do lendário popular brasileiro. O teatro é uma das ferramentas mais eficazes para uma formação cidadã pautada na ética e na boa educação. É comum encontrarmos carinhas conhecidas em diferentes sessões. As personagens caíram na graça das crianças! Voltar a Recife, compondo a programação desse festival, nos move antes de tudo em um lugar de afeto.” Tropa do Balacobaco (@tropadobalacobaco), de Mundo em Busca do Coração da Terra

“Tatu-do-bem faz o público (re)conhecer no palco a biodiversidade nordestina e a riqueza dos nossos sons e ritmos. A narrativa traz uma mensagem política e democrática: não há espaço para autoritarismos que tentam censurar o Teatro! As crianças assistem vidradas! Saem cantando, pedindo fotos e, o mais importante, compreendendo a mensagem de coletividade e valorização da Arte. Apresentar Tatu-do-bem no festival nos ajuda com a inserção no mercado cênico recifense, além de democratizar ainda mais a mensagem do espetáculo.” Grupo Catalumari e os Giguiotes (@catalumarieosgiguiotes), do espetáculo Tatu-do-bem

Que possamos sempre pensar o público infantil. Viva o teatro para infância e vida longa aos grupos!